Segundo Eunício, o Senado já fez sua "lição de casa" ao aprovar, no ano passado, a criação de uma cláusula de barreira aos partidos e o fim das coligações, que ele qualifica como "farra partidária".
"Conversei com vários ministros do Supremo sobre essa questão da cláusula de barreira e do fim das coligações proporcionais. E o Supremo concorda ao menos com esse posicionamento dado pelo Congresso Nacional, de extinguir a farra partidária através das coligações, que não tem uma coisa nada a ver com a outra", afirmou Eunício. "Tem que ser extinta e eu acho que isso ajuda em muito a moralização da vida política nacional."
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trata do fim das coligações, relatada na Câmara pela deputada Shéridan (PSDB-RO), já teve seu texto-base aprovado no plenário, mas ainda há destaques a serem votados. Como a proposta foi alterada na Câmara, o Senado precisará decidir ainda se mantém ou se derruba as mudanças.
Questionado se vai dar tempo de o Senado concluir a votação de algumas das propostas da reforma política, Eunício demonstrou otimismo. "Vai dar tempo sim de fazer uma reforma política mínima, mas a essencial. Temos que simplificar e fazer aquilo que precisa ser feito. Não medirei esforços para que a gente possa aprovar", disse.
Fundo eleitoral
Eunício ainda pretende levar para discussão no Senado um projeto do senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) que trata do financiamento público de campanha. A proposta prevê o fim dos programas eleitorais gratuitos em emissoras privadas e transfere para um fundo os valores da compensação fiscal dada aos meios de comunicação. A previsão é que a discussão do projeto no plenário do Senado seja iniciada nesta terça-feira.