[SAIBAMAIS] Líder de um partido oposicionista, a Rede Sustentabilidade, o senador Randolfe Rodrigues ironizou a oferta da nova denúncia. "Temer denunciado de novo. Já pode pedir música no Fantástico", publicou o parlamentar no Twitter, em referência a uma brincadeira feita no dominical da Rede Globo. O prosseguimento da primeira denúncia contra o presidente da República acabou rejeitado pela Câmara dos Deputados.
Já o PMDB, partido de Temer, disse, em nota, lamentar "mais um ato de irresponsabilidade realizado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot". Ainda segundo a sigla, "a sociedade tem acompanhado os atos nada republicanos" das delações que levaram à denúncia contra o presidente. "A Justiça e a sociedade saberão identificar as reais motivações do procurador", finaliza o documento.
Denunciados
Também por meio de nota, outros políticos denunciados ao Supremo Tribunal Federal (STF) por Janot rebateram as acusações do procurador-geral. O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, disse jamais ter participado "de qualquer grupo para a prática do ilícito" e que que a "denúncia foi construída com a ajuda de delatores mentirosos que negociam benefícios e privilégios".
Outro ministro, Eliseu Padilha, da Casa Civil também partiu para o ataque aos delatores que, segundo ele, não têm "compromisso com a verdade" e "contaram histórias que pudessem lhes dar vantagens pessoais ante o Ministério Público".
Confira a repercussão:
Casa Civil
"A denúncia contra o ministro Eliseu Padilha está amparada em delatores que, sem compromisso com a verdade, contaram as histórias que pudessem lhes dar vantagens pessoais ante o Ministério Público.
Ao final, com a inexistência de provas, o Poder Judiciário decidirá por sua inocência.
Moreira Franco
"Reitero que jamais participei de qualquer grupo para a prática do ilícito. Essa denúncia foi construída com a ajuda de delatores mentirosos que negociam benefícios e privilégios. Responderei de forma conclusiva quando tiver conhecimento do processo."
Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
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PMDB
"O PMDB lamenta mais um ato de irresponsabilidade realizado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Toda a sociedade tem acompanhado os atos nada republicanos das montagens dessas delações. A justiça e sociedade saberão identificar as reais motivações do procurador."
Arnaldo Jordy (PA), líder do PPS na Câmara
"A denúncia atual é gravíssima e devastadora. Lá atrás, quando a Casa apreciou o pedido do PGR para autorizar o STF a processar Temer, além das delações dos executivos da JBS, a PGR se baseou nas gravações feitas pelo empresário Joesley Batista, durante encontro com o presidente Temer no Palácio do Jaburu. Some-se a isto tudo, meses depois, a delação de Funaro, a prisão de Geddel e apreensão de uma fortuna na casa de um dos principais ex-auxiliares do presidente. Então, são agravantes que precisam ser levados em consideração pela Câmara dos Deputados neste momento"