A investigação foi aberta pela Promotoria do Patrimônio Público e Social da capital, a pedido da Procuradoria-Geral de Justiça, a partir de uma representação feita pelo diretório municipal do PT.
Doria terá 20 dias para apresentar suas explicações ao promotor público Marcelo Milani, que conduz a investigação. "A Prefeitura de São Paulo responderá em breve os questionamentos do Ministério Público para comprovar a total legalidade nas ações. Ressalta-se que as viagens são custeadas pelo próprio prefeito", informa a Prefeitura, em nota.
Uma das linhas da investigação é apurar justamente quem se há recursos públicos no custeio das viagens. "Tais viagens teriam como objeto sua promoção pessoal e poderiam ter gerado custo ao erário, especialmente em virtude do uso de estruturas da Prefeitura, deslocamento ao aeroporto, agendamento de reuniões, bem ainda funcionários e servidores estariam sendo pagos pelo erário no acompanhamento dessa empreitada, rumo às eleições de 2018", escreveu o promotor, na portaria de abertura do procedimento preparatório do inquérito civil.
Para exemplificar essa motivação, a representação cita faixas com os dizeres "Tocantins quer Doria presidente", dispostos durante sua visita à cidade de Palmas, ocorrida no dia 14 de agosto. Apenas no mês passado, o prefeito esteve nas cidades de Curitiba, Salvador, Palmas, Natal, Fortaleza e Recife, segundo o texto. "Todas estas viagens tiveram com ingrediente principal tornar o prefeito mais conhecido, principalmente na região do Nordeste", diz o texto.
O presidente do diretório petista, Paulo Fiorilo, afirma que "as foram viagens feitas em horário de trabalho para fazer campanha política", daí a motivação para acionar o MPE.