Os investigadores, acompanhados de um funcionário indicado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), saíram por volta das 10h45 com materiais recolhidos no gabinete do deputado. Depois da operação, o gabinete do deputado ficou fechado, e os telefones não eram atendidos.
[SAIBAMAIS]Ezequiel foi citado na delação premiada do ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, que também incluiu o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, alvo de outro mandado de busca e apreensão na capital federal nesta manhã. Em um vídeo que faz parte da delação, Ezequiel aparece recebendo propina, dentro de uma caixa de papelão, com dinheiro desviado de contratos feitos pelo governo estadual. À época, o deputado havia negado participação no esquema, se dizendo vítima de uma "montagem".
Em nota, Ezequiel Fonseca disse ter recebido "com tranquilidade o mandado de busca e apreensão expedido pelo ministro Luiz Fux, realizado pela polícia federal", mas nega que solicitou ou recebeu qualquer quantia ilícita. O deputado afirma que está à disposição do da Justiça: "usarei como de direito, todos os meios legais para me defender e restabelecer a verdade".
A operação de hoje cumpre 64 mandados de busca em 12 cidades, com o apoio de 270 policiais federais e agentes do Ministério Público Federal. A Malbolge é um desdobramento da operação Ararath, que investiga pagamentos ilegais a políticos do Mato Grosso.
O nome vem da Divina Comédia, livro escrito no século XIV pelo italiano Dante Alighieri. Segundo a obra Malebolge é o nome dado ao oitavo círculo do Inferno a qual Dante desce para buscar sua amada. Malbolge seria o local destinado aos fraudadores e aduladores.