De setembro de 2013 a agosto de 2017, o Gabinete PGR recebeu 18 954 processos judiciais e deu saída em 18.406. Só em agosto deste ano foram 622 manifestações, sendo 212 do Grupo de Trabalho Lava-Jato, 189 da Assessoria Jurídica Criminal, 88 da Assessoria Jurídica Constitucional, 61 da Assessoria Jurídica Cível, 36 dos processos trabalhistas, 25 da Assessoria Jurídica de Tutela Coletiva e 11 da Assessoria Jurídica de Matéria Administrativa.
Para Janot, que encerra seu segundo mandato no domingo (17/9), e promete disparar novas flechadas até lá, "o resultado só foi possível pelo esforço e comprometimento da equipe de procuradores e servidores lotados no Gabinete, que imprimiu ritmo célere na movimentação processual, sem deixar de primar pela qualidade das peças, e buscou com afinco a redução do acervo".
Fluxo extrajudicial
Nas demandas extrajudiciais, o Gabinete possui um acervo remanescente de 1.313 procedimentos. De janeiro de 2014 a agosto de 2017, o Gabinete do procurador-geral recebeu 5.304 procedimentos e deu saída em 3.924. Os dados são computados a partir de janeiro de 2014, quando se iniciou a reestruturação e configuração do sistema para controlar a distribuição desses autos.
Em agosto deste ano, por exemplo, foram movimentados 1.119 documentos entre decisões (42), declínios de atribuição (20), despachos (418), memorandos (38), ofícios (254), portarias (69) e promoção de arquivamento (278).
Celeridade
Segundo a Assessoria de Comunicação Estratégica da Procuradoria, "conferir celeridade foi um dos objetivos do Gabinete do Procurador-Geral da República durante sua gestão".
A definição de prazo para analisar processos em 90 dias foi estabelecida por normativo interno (Regimento Interno) e também como meta de planejamento estratégico. Para alcançar esse resultado, a Secretaria de Apoio Jurídico foi subdividida em cinco Assessorias Jurídicas: Matéria Administrativa, Tutela Coletiva, Criminal, Constitucional e Cível.
Além dessas assessorias, Janot designou um membro do Ministério Público do Trabalho para atuar exclusivamente nos feitos do Supremo Tribunal Federal de cunho eminentemente trabalhista, "a fim de incrementar a eficiência e qualidade das manifestações da Procuradoria-Geral da República que versem sobre matéria trabalhista".
A Assessoria destacou, ainda: "Outro fator de celeridade foi a implantação da tramitação eletrônica dos autos extrajudiciais e administrativos, a partir de 2015. O processo eletrônico é entendido como solução tecnológica que agiliza os trâmites processuais com a eliminação dos "tempos mortos" ou "tempos em branco" (relativos à atividade burocrática de movimentação) e que "reduz o consumo de papel, tornando o ambiente de trabalho desobstruído das imensas pilhas de processos, gerando economia aos cofres públicos, devido à racionalização dos recursos e redução do impacto ambiental."