O presidente da República em exercício, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta segunda-feira (4/9), que considera possível votar a reforma política a tempo de as novas regras eleitorais serem aplicadas na eleição do ano que vem. "Tendo acordo entre as lideranças, temos condições e maioria de aprovar rápido em dois turnos e encaminhar para o Senado", disse o parlamentar, que defendeu a adoção do "distritão" como modelo de transição para o distrital misto.
Ele ressaltou, inclusive, que tem um "grupo importante de líderes" que prefere esgotar a discussão do sistema eleitoral antes mesmo de analisar outra reforma enviada pelo Senado, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que será relatada na Câmara pela deputada Shéridan Oliveira (PSDB-RR). "Se votarmos a PEC do Senado antes, corremos o risco de não ter nada", afirmou. Maia participou na manhã desta segunda, em São Paulo, de evento realizado pela revista "Exame".
Doria
Maia comentou ainda uma possível ida do prefeito de São Paulo (PSDB), João Doria, para o DEM, e repetiu que não fez nenhum convite ao tucano, embora o prefeito tenha dito que o partido de Maia o procurou. "Se alguém convidou, não me contou", disse o deputado.
Apesar de ter afirmado que Doria "é um grande quadro" e que não veria problemas em sua ida para o DEM, Maia disse que não considera prudente que um partido aliado tire políticos, candidatos ou pré-candidatos de outra legenda aliada.