O presidente licenciado do PSDB, senador Aécio Neves (MG), anunciou que o partido fechou questão, nesta quinta-feira (24/8), em torno da proposta de fundo público para campanhas, apresentada pelo senador Ronaldo Caiado (DEM-GO). Aécio explicou que a decisão leva em conta o fato de não haver tempo hábil para se formular uma nova proposta para a volta das doações privadas
"Vamos apoiar proposta apresentada pelo Caiado, que estabelece o fundo eleitoral que será alimentado pelos recursos da compensação que os meios de comunicação recebem em razão do tempo disponibilizado pelos programas partidários. Acabaríamos com programas partidários, esses que acontecem fora do cenário eleitoral, e essa compensação, falou-se em R$ 2 bilhões, não há um número exato, poderia sim alimentar o fundo eleitoral, sem que haja necessidade de recursos orçamentários para isso", afirmou.
O senador mineiro afirmou também que o partido vai apoiar integralmente a proposta que antecipa já para 2018 o fim das coligações proporcionais e estabelece cláusula de desempenho para as próximas eleições brasileiras, aprovada nesta quarta-feira em comissão especial na Câmara dos Deputados.
Além disso, o PSDB vai defender que as eleições continuem sob o sistema proporcional de votação já que não há apoio suficiente para se votar o "distritão" na Câmara dos Deputados. "A transição para o distrital misto em 2022 será mais adequada com o sistema proporcional", argumentou.
A decisão do partido em relação à reforma política foi tomada em reunião na sede do PSDB, em Brasília, com os presidentes dos diretórios estaduais da legenda. No encontro, Aécio se sentou ao lado do presidente em exercício da sigla, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).