[SAIBAMAIS]"Isso (PEC do financiamento privado) não demora menos de um ano (para ser aprovado no Congresso), nós temos um mês e pouco", declarou Eunício à imprensa nesta segunda-feira. Para que a alteração entrasse em vigor no próximo ano teria que ser aprovada em dois turnos nos plenários do Senado e da Câmara um ano antes da eleição, no dia 7 de outubro, prazo estabelecido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Eunício disse ainda que apenas "meia dúzia de pessoas" passou a defender a volta do financiamento privado que conta com a reprovação da sociedade. "A opinião pública está muito atenta. Depois que aprovamos a chamada delação premiada não existem mais presos, existem delatores que dizem que doaram na época pela condição ;a; ou ;b;. Se esse sistema legitimamente aprovado pela lei deu no que deu, vamos aprovar novamente o financiamento privado de campanha?", questionou.
Além disso, Eunício acredita que não seria adequado o Senado começar a analisar a PEC no mesmo momento que a Câmara analisa três propostas relacionadas à reforma política. Ele criticou o grande número de partidos no Brasil e defendeu a PEC, criada pelo Senado e em análise na Câmara dos Deputados, que cria a cláusula de barreira e o fim das coligações proporcionais.
O peemedebista destacou que é contra a proposta que permite ocultar o nome dos doadores de campanha, independentemente do valor doado. "A proposta das doações ocultas não passará aqui no Senado; eu não pautarei", frisou. Na semana passada, o relator da reforma política na Câmara, deputado Vicente Cândido (PT-SP), recuou e anunciou que iria retirar a proposta de seu parecer.
Reunião
Eunício conversou com a imprensa após reunião com o presidente do Paraguai, Horacio Cartes, no Salão Nobre do Congresso. De acordo com o peemedebista, foi apenas uma "visita de cortesia" para tratar da relação Brasil-Paraguai. "Achamos que o Brasil precisa se juntar com esses países que produzem aqui para que a gente leve a América do Sul para o mundo do ponto de vista das exportações", afirmou Eunício.