Kátia e Requião são críticos ao governo de Michel Temer e têm atuado no Senado de forma contrária às orientações do Planalto. A senadora já deu indicações que deve deixar a sigla, enquanto o senador paranaense tem dito que vai brigar para permanecer na legenda a qual é filiado desde a década de 1980.
Para pedir a suspensão de Kátia, a comissão de ética do PMDB utilizou artigo que prevê a medida em casos na qual "a demora do processo" torne a penalidade ineficaz. É o caso, por exemplo, de uma eventual mudança de legenda.
O PMDB já havia determinado a suspensão das atividades partidárias dos seis deputados da sigla que votaram a favor do andamento da denúncia contra o presidente Michel Temer na Câmara, no início do mês. Com a decisão, eles ficaram impedidos de ocupar cargos de direção no partido e podem ser afastados de eventuais posições em comissões, mas mantêm as atividades parlamentares normalmente.
Kátia afirmou, por meio de sua assessoria, que vai aguardar a decisão da Executiva do partido para comentar. Em defesa encaminhada mais cedo, a senadora aponta "vícios processuais" no pedido de expulsão e pede que sejam ouvidos 24 testemunhas, incluindo o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e os ministros Leonardo Picciani (Esportes) e Gilberto Kassab (Comunicações).
O PMDB não se manifestou.