Durante a tarde, as três reuniões deliberativas ordinárias que tratavam da reforma política foram suspensas na esperança de que o assunto fosse discutido em plenário, onde mais parlamentares poderiam participar do debate. A possibilidade ganhou força após declaração do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), declarar que tinha intenção de adiantar a votação para esta quarta.
[SAIBAMAIS] Diante de tantos conflitos, Senado e Planalto entraram nas conversas na tentativa acelerar o processo. A ideia é convencer os deputados a barrarem a proposta do fundo de financiamento público de campanha. "Imagina a imagem que a Câmara vai passar para o país. Acabamos de aumentar o rombo da meta fiscal em R$ 20 bilhões, anunciar cortes e aí aprovar verbas para campanha eleitoral?", comentou um deputado da base governista.
Um dos poucos consensos a que se chegou nesta quarta é que o fundo até pode ser aprovado na Câmara, mas sem definição de valores ou de onde sairá o recurso para cobri-lo. Uma das ideias defendidas pelo relator é que, por meio de uma emenda aglutinativa, se defina que os detalhes do fundo sejam determinados pela Comissão Mista de Orçamento (CMO), adiando o desgaste para o fim do ano.