No evento, o governador fez um discurso que, em alguns momentos, parecia endereçado ao prefeito de São Paulo. Além de citar o desejo de um ;tira-teima de 2006;, Alckmin fez questão de se posicionar de forma conciliadora: ;Vejo aqui a civilidade que a política deve ter. Política não é campo de boxe;. A fala foi interpretada como uma oposição aos ataques que Doria tem feito aos seus adversários políticos. No mês passado, em um evento realizado em São Bernardo, o prefeito se referiu ao ex-presidente Lula como ;mentiroso; e ;sem-vergonha; e chamou a presidente cassada Dilma Rousseff de ;anta;.
O anfitrião do encontro em Florianópolis foi o senador Paulo Bauer (PSDB-SC), que não poupou elogios e menções a uma possível candidatura de Alckmin à Presidência. ;Torcer pelo Brasil hoje é torcer por Alckmin.; O vice-governador de Santa Catariana, Eduardo Pinho Moreira (PMDB-SC), seguiu o mesmo tom de pré-campanha. ;Qualquer situação política que aconteça em 2018, eu estarei com o senhor, na sua campanha para a Presidência da República;, disse.
Na sexta-feira, Alckmin esteve em Porto Alegre, em uma palestra para empresários. Na ocasião, foi mais direto em suas alfinetadas ao prefeito de São Paulo. Alckmin afirmou que o pleito de 2018 ;será a eleição da experiência;. Em uma indireta ao afilhado político, que disputou sua primeira campanha em 2016 e se apresenta como a inovação, Alckmin disse que o novo ;é defender o interesse do Brasil;. ;O novo é em relação à idade? Ter 30, 50, 70 anos? É não ter sido candidato? Eu acho que o novo é defender o interesse do Brasil.;