;Há muitos interesses políticos em jogo nesta tarde. Há aqueles que desejam a destituição do presidente e a queda do governo, alimentados somente pelo revanchismo inconsequente e pela sede de vingança. No lado oposto, há os que defendem a continuidade do governo acima de tudo e a qualquer preço ; cerceando o direito do brasileiro de conhecer a verdade dos fatos, seja ela qual for. Com tanto escândalo e denúncia, o cidadão está exausto, desesperançado e descrente no país;, resumiu Trípoli.
Para o líder tucano, esse brasileiro comum não quer saber se ;se trata do político A ou B, do partido C ou D, mas deseja somente que o Brasil seja passado a limpo, reencontrando o caminho da paz e da prosperidade;.
Tripoli não escondeu que o PSDB vive um momento de divergências com o governo, mas prometeu que ;o PSDB não faltou ao Brasil quando o assunto é a modernização do país e a recuperação da economia;. Lembrou que as votações da PEC do Teto de Gastos, a MP da reforma do ensino médio e a reforma trabalhista, mostram isso.
;Eu não tenho nenhuma dúvida de que assim será na reforma política, na tributária e na da Previdência. Nosso posicionamento não está condicionado ao aparelhamento do Estado, à liberação de emendas ou à qualquer benesse palaciana;, disse Trípoli. Mas o PSDB segue com quatro ministérios. Dois ministros ; Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) e Bruno Araújo (Cidades) se desincompatibilizaram para aprovar o relatório do também tucano Paulo Abi-Ackel (MG).
Tripoli afirmou, em seu discurso, que a bancada defende ;que tudo seja investigado e esclarecido, respeitando-se o direito de defesa. Nós não compactuamos com desvios, nem compactuaremos com condenações sumárias;. O líder tucano teve o cuidado de afagar o deputado Abi-Ackel, mas ressaltou que o relatório feito pelo mineiro não representa o pensamento da bancada. ;É preciso lembrar que o presidente não negou o encontro ocorrido, ou o teor do que foi gravado. E o que veio a público, infelizmente, é sim, no mínimo, impróprio;, completou.