Às vésperas da votação que vai definir o futuro político do marido Michel Temer, a primeira-dama procura não mudar a rotina da família: ela foi até a Escola das Nações, no Setor de Mansões Dom Bosco, buscar o filho do casal, Michelzinho, de oito anos.
A aula acabou às 15h e, menos de nove minutos depois, a família já saía da escola. Cerca de meia hora antes, um carro fazia a segurança no perímetro. No total, foram dois carros com placas de São Paulo - nenhum deles oficial - com seis seguranças, que cobriram a cabeça de Michelzinho.
Ele está na Grade 3, equivalente ao segundo ano do ensino fundamental. A mensalidade da Escola das Nações ultrapassa os R$ 4 mil.
Marcela Temer pareceu não se importar com a presença de repórteres no local e a família não foi hostilizada pelos presentes. Em contrapartida, a popularidade de Temer é baixa. O presidente tem aprovação de apenas 5%, segundo a pesquisa do Ibope encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Nesta quarta-feira (2/8), a admissibilidade da denúncia contra Temer será votada no Plenário da Câmara. Para que o presidente seja investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ao menos 342 deputados devem votar contra o relatório aprovado na Comissão de Constituição e Justiça. O documento, de relatoria do tucano Paulo Abi-Ackel, é contra o prosseguimento da denúncia.