Deputados ligados ao Planalto fazem no final da tarde desta quarta-feira (12/7) uma reunião na liderança do governo na Câmara para definir a estrategia a ser adotada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde está sendo debatido o pedido de autorização para processar o presidente Michel Temer. Animados com a decisão de vários partidos de fechar questão contra a denúncia e com a liberação do ex-ministro Geddel Vieira Lima para que cumpra prisão domiciliar, os governistas vão avaliar se vale a pena pedir o encerramento imediato dos debates da comissão.
O governo tem pressa para que o assunto seja votado o mais rapidamente no plenário e calcula já ter aproximadamente 250 votos ; são necessários ao menos 172 ; para derrubar a denúncia.
Em conversa com o Correio, o advogado do presidente Temer, Antônio Claudio Mariz Filho, afirmou "não entender muito de política, mas acredita que o momento é favorável ao presidente". Para Mariz, caso o governo confirme derrubada da denúncia no plenário da casa, poderá dificultar a disposição do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, de denunciar o presidente por obstrução de justiça e organização criminosa. "Será que ele vai se expor a esse ponto para apresentar uma denúncia sobre fatos que não se sustentam?", questionou o advogado.