O grupo de deputados que articulou o impeachment da petista Dilma Rousseff e que se autointitula "G-8" da Câmara voltou a se reunir nesta semana para traçar cenários em relação à denúncia apresentada contra o presidente Michel Temer.
Formado agora por dois ministros do governo - Mendonça Filho (Educação) e Raul Jungmann (Justiça) -, o grupo tem mantido conversas para avaliar a situação do peemedebista.
Apesar de levar oito no nome, os encontros têm reunido um número maior de integrantes. Além dos dois ministros, participam das conversas os deputados Heráclito Fortes (PSB-PI), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), José Carlos Aleluia (DEM-BA), Marcos Pestana (PSDB-MG), Tadeu Alencar (PPS-PE), Rubens Bueno (PPS-PR), Danilo Forte (PSB-CE) e Benito Gama (PTB-BA). Em comum, todos têm o fato de serem próximos ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que assumiria a Presidência da República em um eventual afastamento de Temer.
A análise desses deputados, porém, é de que hoje o peemedebista ainda tem força para derrubar a denúncia por corrupção passiva apresentada pelo procurador-geral da república, Rodrigo Janot. A dúvida, no entanto, é se Temer resiste a novas acusações que devem chegar à Câmara.
Jarbas Vasconcelos, Tadeu Alencar e Rubens Bueno já indicaram que vão votar contra Temer. Os demais integrantes do grupo seguem analisando. Os ministros - Mendonça e Jungmann - têm evitado se manifestar sobre o assunto para não se indispor com o peemedebista.
A cautela adotada agora difere da posição de protagonista que esses deputados tiveram durante o processo de impeachment.