[SAIBAMAIS]Zveiter citou uma série de indícios que, segundo ele, merecem ser investigados. "É preciso apurar a autenticidade da gravação feita pelo empresário Joesley Batista. É preciso apurar o envolvimento do presidente Michel Temer no recebimento dos R$ 500 mil que estariam na mala pega por Rocha Loures. É preciso apurar a legitimidade do encontro do presidente com o empresário em um horário incomum". Na sequência, com base em decisões do STF e de outros representantes do direito, Zveiter elencou as razões que devem ser levadas em conta para considerar lícitas provas como a gravação feita por Joesley na noite de 7 de março.
Aliados afirmam ter votos necessários para derrubar relatório
O deputado Fausto Pinato (PP-SP) garantiu que o governo tem ao menos 40 votos para derrubar o texto apresentado pelo relator Sergio Zveiter (PMDB-RJ). "Ele usou para justificar o seu relatório a tática do dubio pro societate (na dúvida, a sociedade é favorecida no julgamento), mas não estamos julgando um presidente de condomínio e, sim, um presidente da República. Se esse processo for aceito, o presidente Temer é afastado por até seis meses", reclamou Pinato.
Pinato, que é um dos cotados para ser relator de um novo texto, caso a base do governo consiga derrotar o relatório de Zveiter, chamou o texto do peemedebista de frágil, alegando que ele próprio reconheceu não ser advogado criminalista.
Outro fiel escudeiro do Planalto, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) disse que o texto de Zveiter não apresenta qualquer prova de ilícito cometido pelo presidente. "Ele próprio reconheceu que são apenas indícios, mas, mesmo assim, pediu a continuidade do processo. Nós vamos derrubar esse relatório", prometeu Marun.
Protestos
A sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados para a leitura do relatório sobre a denúncia contra o presidente Michel Temer teve tumulto, dentro e fora do plenário. Um grupo de manifestantes de vários segmentos gritava "Fora Temer" e "Diretas já" na porta da sala. Eles foram impedidos pela segurança da Casa.
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O protesto dessa segunda-feira (10/7) foi organizado pelo ativista do Movimento dos trabalhadores rurais sem terra (MST) e Movimento resistência popular (MRP) Edson Silva, que combinou com o grupo de levar mais pessoas para as manifestações da terça-feira (11/7). Ele prometeu ajudar financeiramente quem comparecer.