A defesa do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que está preso em Curitiba, avisou à Procuradoria-Geral da República (PGR) que ele vai, enfim, delatar, segundo a coluna Radar, da revista Veja. Conforme a publicação, os advogados de Cunha saíram da reunião com os procuradores dizendo que agora começarão a colher as informações que o ex-deputado tem para entregar.
Nova denúncia
Em junho, Cunha e Alves foram alvo da Operação Manus, desdobramento da Lava-Jato para investigar rombo no FI-FGTS da Caixa e desvios de R$ 77 milhões na Arena das Dunas para a Copa de 2014. Alves foi preso pela Polícia Federal em casa, em Natal, e Cunha já estava custodiado no Complexo Médico Penal do Paraná.Segundo a denúncia, entregue nesta terça-feira, 20, à Justiça Federal, os dois ex-deputados, entre 2012 e 2014, solicitaram e receberam vantagens indevidas por meio de doações eleitorais, oficiais e não oficiais, "em razão da atuação política e parlamentar de ambos em favor dos interesses de empreiteiras". Os ex-parlamentares são acusados de receber, juntos, pelo menos R$ 11,5 milhões em propinas de empreiteiras. Além disso, mais de R$ 4 milhões teriam sido repassados a dois clubes de futebol a pedido de Alves. Leia mais em: MPF denuncia Cunha e Alves por corrupção e lavagem de dinheiro