O ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) esteve hoje (1;/7) em Goiânia para colocar uma tornozeleira eletrônica. Em seguida, voltou a Brasília e foi para casa. Ontem (30/6), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, relator das ações da Operação Lava-Jato na Corte, mandou soltar Loures, preso há mais de um mês na carceragem da Polícia Federal (PF), em Brasília.
A PF informou que não dispõe desse tipo de equipamento em suas unidades - próprio de órgãos penitenciários ou de segurança pública ostensiva. A tornozeleira eletrônica usada por Loures foi cedida pelo estado de Goiás.
[SAIBAMAIS]Em nota, a Superintendência Executiva de Administração Penitenciária de Goiás (Seap) diz que cedeu a tornozeleira por solicitação do Departamento Penitenciário Nacional. ;Ele [Rocha Loures] foi conduzido a Goiânia pela Polícia Federal. Em face da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de que cumpra recolhimento domiciliar, o monitoramento será feito pela Seap;, diz a nota.
Além da tornozeleira, Loures deverá cumprir outras medidas cautelares, como recolhimento domiciliar, permanecendo em casa das 20h às 6h de segunda a sexta-feira, e durante todo o dia aos sábados, domingos e feriados.
O ex-deputado foi flagrado pela PF recebendo uma mala com R$ 500 mil na Operação Patmos, investigação baseada na delação premiada dos executivos da JBS. Na decisão de ontem, Fachin entendeu que Loures pode responder às acusações em liberdade porque a denúncia contra ele já foi feita ao STF pela Procuradoria-Geral da República. O ex-parlamentar foi denunciado no mesmo processo que o presidente Michel Temer.
Além disso, para Fachin, Loures deve receber os mesmos benefícios de outros investigados a partir das delações da JBS, como a irmã do senador Aécio Neves (PSDB-MG), Andrea Neves, o primo deles, Frederico Pacheco, e o ex-assessor do senador Zezé Perrela (PMDB-MG), Mendherson Lima. Todos ganharam o direito de cumprir prisão domiciliar.