Jornal Correio Braziliense

Politica

Programa de TV do PSB pede renúncia de Temer

Nos 10 minutos de propaganda, o PSB prega a realização de eleições diretas para presidente da República "para impedir que interferências do poder econômico continuem valendo mais que a vontade da população"

Em programa partidário que vai ao ar na noite desta quinta-feira (22/6), o PSB diz que a sigla "tem lado" e pede a renúncia do presidente Michel Temer. Embora a cúpula da legenda tenha rompido com o governo, o Ministério de Minas e Energia ainda segue nas mãos do deputado licenciado Fernando Coelho Filho (PE), um dos líderes da ala governista do partido.


[SAIBAMAIS]Nos 10 minutos de propaganda, o PSB prega a realização de eleições diretas para presidente da República "para impedir que interferências do poder econômico continuem valendo mais que a vontade da população". "Defendemos a renúncia do presidente Michel Temer, que perdeu as condições éticas para liderar o País", diz a apresentadora.

O partido optou por homenagear seu ex-presidente de honra, o escritor Ariano Suassuna, mostrar representantes da juventude e as líderes mulheres do partido, como as senadoras Lúcia Vânia (GO) e Lídice da Mata (BA).

Coube à parlamentar baiana reiterar que a sigla fechou questão contra a aprovação das reformas previdenciária e trabalhista. Lídice afirma que, no que depender do PSB, as propostas do governo não serão aprovadas pelo Congresso Nacional. "As reformas trabalhista e previdenciária do governo Temer tiram direitos históricos dos trabalhadores e pioram ainda mais as condições de vida e trabalho da mulher", declara.

O PSB vive um impasse interno. Embora a direção da legenda tenha aprovado o voto contrário às reformas, metade da bancada na Câmara vem se posicionando à favor das matérias de interesse do governo. Nesta semana, o deputado Júlio Delgado (PSB-MG) defendeu o encaminhamento contrário a uma orientação do governo no plenário mas, num debate acalorado, teve de ouvir do deputado Laerte Bessa (PR-DF) que o partido faz oposição ao governo, porém continua no Ministério de Minas e Energia.