Primeira turma do STF acaba de decidir, por 3 votos a 2, conceder prisão domiciliar Menderson de Souza Lima, assessor do senador Zezé Perrela (PDT-MG), preso acusado de ser um dos responsáveis por pegar dinheiro do esquema da JBS.
O voto decisivo pela prisão domiciliar de Menderson foi dado pelo ministro Luiz Fux, que impôs, contudo - proposta acatada pelos demais ministros - que Menderson entregue seu passaporte, não tenha contato com os outros réus no processo e use tornozeleira eletrônica.
As propostas foram incluídas no relatório elaborado pelo ministro Marco Aurélio Mello, que, ao lado do ministro Alexandre de Moraes, já havia entendido não haver razões para manutenção da prisão de Menderson.
Os votos vencidos foram dos ministros Luis Roberto Barroso e Rosa Weber, que afirmaram haver risco de que a libertação de Menderson pudesse causar prejuízos as investigações, inclusive com a destruição de provas dos crimes cometidos.
Ao voltar do intervalo de 30 minutos, o ministro Luiz Fux esclareceu que o STF não decidiu pela libertação de Menderson, mas pela decretação de prisão domiciliar.
Este é o primeiro recurso analisado pela turma dentro do conjunto de ações envolvendo o senador Aécio Neves (PSDB-MG).