A ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou hoje (12/6) que não tomará nenhuma providência a respeito da denúncia de espionagem de ministros da Corte, uma vez que o Palácio do Planalto negou a informação. Reportagem publicada pela revista Veja afirmou que membros da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) teriam monitorado o ministro do STF Edson Fachin, responsável por um inquérito que investiga Temer. A escuta teria sido feita a pedido do presidente, segundo a publicação.
[SAIBAMAIS]No sábado, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sergio Etchegoyen, negou a informação. ;O presidente da República garantiu não ter ordenado qualquer medida naquele sentido [monitorar ministros do Supremo];, escreveu Cármen Lúcia no comunicado desta segunda-feira. ;Não há o que questionar quanto à palavra do presidente da República;, acrescentou no texto, que segunda a assessoria do STF é uma resposta a questionamentos da imprensa.
No sábado, após a publicação da reportagem, Cármen Lúcia emitiu uma nota condenando com veemência as suspeitas de monitoramento de ministros do STF. "O Supremo Tribunal Federal repudia, com veemência, espreita espúria, inconstitucional e imoral contra qualquer cidadão e, mais ainda, contra um de seus integrantes, mais ainda se voltada para constranger a Justiça", escreveu ela na ocasião.