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Defesa de Temer diz que delações são 'instrumento de impunidade'

Antônio Cláudio Mariz participou de um evento no Centro Universitário de Brasília (UniCeub), nesta terça-feira

A defesa do presidente Michel Temer criticou as delações premiadas e classificou o método como um "instrumento de impunidade". O advogado do peemedebista, Antônio Cláudio Mariz, afirmou que as delações precisam ser normatizadas, pois da forma em que estão, "derrogam todos os princípios constitucionais e estabelecem penas sem sentença e processo e injustiças terríveis". Mariz participou de um evento na Centro Universitário de Brasília (UniCeub), na noite desta terça-feira (23/5).
"A delação premiada está sendo um instrumento de impunidade, por mais paradoxal que seja. Delata, mente, põe inocentes na cadeia, termina com a imagem de alguém e vai embora. Alguns ficam com tornozeleira e outros vão para casa com piscina usufruir das benesses", afirmou. Mariz ainda criticou as penas impostas por promotores e frisou que ao Ministério Público cabe acusar, assim como ao juiz julgar e ao advogado defender. "Não dá para embaralhar as coisas", finalizou.

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O advogado criticou o pedido de impeachment da OAB contra Temer e disse que vê a proposta com "muita tristeza". "Há um inquérito embrionário, sequer examinou-se a fita, e a Ordem toma a dianteira, como se tivesse querendo ter um protagonismo absolutamente inadmissível no momento em que o país passa", alegou.

Estratégia de defesa

A defesa do presidente disse, ainda, que planeja estudar a separação dos inquéritos de Temer e de Aécio Neves (PSDB-MG). Além disso, analisa pedir a redistribuição dos processos dentro do Supremo Tribunal Federal (STF). Nos dois casos, a justificativa é a inexistência de conexão entre os fatos imputados ao senador mineiro e ao presidente.
Mariz esclareceu que uma eventual redistribuição do processo não diz respeito ao ministro Edson Fachin. "Eu poderei requerer a nova distribuição e torço também para cair para ele de novo, porque é um ministro sereno, culto e trabalhador", disse.