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Perito contratado por defesa de Temer diz que gravação de Joesley é 'lixo'

"Por isso, a prova não deve ser considerada no processo, porque ela é um lixo. A inclusão dessa gravação como prova só se justifica em um contexto político em que estamos vivendo", disse Ricardo Molina


Segundo Molina, esses elementos não permitem garantir se houve ou não edição da gravação. "Por isso, a prova não deve ser considerada no processo, porque ela é um lixo. A inclusão dessa gravação como prova só se justifica em um contexto político em que estamos vivendo", garantiu o perito.

Molina foi irônico ao avaliar a análise feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) para justificar a inclusão da fita nas provas que embasam o inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o presidente Michel Temer por obstrução de Justiça: "eu conheço as duas pessoas que assinaram o laudo e elas não entendem nada de áudio".

O perito acrescentou que no trecho no qual aparece o diálogo de Joesley com Temer no qual seria avalizada a compra do silêncio do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, preso em Curitiba (PR), existem, pelo menos, seis pontos falhos e de alto risco. "Estamos falando de um trecho de 17 segundos. Ao longo de toda a gravação, há 50 pontos semelhantes".

Por fim, Molina afirmou que a análise feita no gravador no qual a gravação foi feita não mudará o resultado final. "Eles podem concluir que o gravador é ruim e é mesmo, porque no Mercado Livre é possível comprá-lo por R$ 26. Mas isso não elimina a possibilidade de edição. Para mim, esse material foi editado".