"Acho que ele próprio vai tomar essa decisão. Não há outra alternativa. É inviável. Está correndo risco de ser preso. Ele está bem consciente", afirmou Torres em entrevista antes da reunião da bancada do PSDB na Câmara para discutir as denúncias contra Aécio e o presidente Michel Temer baseadas na delação premiado da JBS.
Para o secretário, Aécio precisa se afastar do comando do partido para cuidar de sua defesa e para deixar que o partido tome as decisões políticas "desvinculado" do processo contra o senador. "A situação dele é mais grave do que se afastar. O problema dele é evitar ser preso", afirmou o parlamentar paulista, que é ligado ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.
O secretário explicou que a sucessão de Aécio na presidência do PSDB depende de como se dará a saída do tucano. Se o senador se licenciar, o estatuto da sigla prevê que o próprio presidente licenciado indique o substituto entre os vice-presidentes.
Caso ele renuncie ao posto, o vice-presidente mais velho da legenda, no caso o ex-governador Alberto Goldman, assume e convoca novas eleições para o comando do partido.
Sobre a permanência do PSDB no governo Temer, Torres afirmou que o partido tem responsabilidade de ajudar a manter "certa estabilidade institucional" do País. "Como pode ajudar saindo todo mundo governo e deixando o presidente sozinho?", questionou o parlamentar paulista. O partido tem quatro ministérios.