Paulo de Tarso Lyra
postado em 21/02/2017 13:29
Primeiro dos 31 senadores inscritos para sabatinar Alexandre de Moraes, além do revisor, Lindbergh Farias (PT-RJ) questionou a isenção do indicado para o cargo, tendo vindo de um governo que tem cinco ministros investigados, inclusive o presidente Michel Temer. ;O senhor chamou o governo do PT de quadrilha. Se for aprovado, vai se declarar impedido de ser relator da Lava-Jato?;[SAIBAMAIS] Moraes assegurou que atuará com ;completa isenção para aplicar o que a Constituição Federal determina e ela é sempre apartidária;. O indicado para o STF prometeu que atuará com absoluta imparcialidade e lembrou que o ministro revisor da Lava-Jato na segunda turma é o ministro Celso de Mello. ;Só atuarei no plenário, depois da manifestação do ministro relator. E não me sentirei constrangido porque atuarei com absoluta isenção;.
Ele esquivou-se de responder diretamente ao episódio ocorrido em Ribeirão Preto quando antecipou, na véspera da Operação Ommertá, que a Polícia Federal agiria na cidade. No dia seguinte, o ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci, foi preso. ;Durante os meus nove meses no Ministério, não tem nada que tenha interferido na Lava-Jato;.
Na réplica, Lindbergh indagou se o ministro licenciado da Justiça não ficou constrangido ao deixar o cargo em meio à crise do sistema penitenciário. ;No dia do colapso da Polícia Militar no Espírito Santo, o senhor estava na sabatina informal na Chalana love boat (de propriedade do senador Wilder de Moraes (PP-GO);.
Moraes afirmou que a crise de segurança pública é antiga e que o governo Temer descontingenciou R$ 1,2 bilhão do Fundo Penitenciário. ;Em 2015 foram R$ 54 milhões e, em 2014, R$ 40 milhões;, devolveu Moraes.