A denúncia feita pelo Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro contra Eike Batista não exime o empresário de novas denúncias, segundo o procurador José Augusto Vagos. Eike, o ex-governador fluminense Sergio Cabral (PMDB) e mais seis pessoas foram denunciados pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Segundo o procurador, não há elementos para denúncias por crime de organização criminosa, o que não significa que essa denúncia não poderá ser apresentada no futuro.
Vagos ressaltou ainda que as denúncias feitas contra Eike e Cabral não impedem que os dois fechem acordos de colaboração ou delação com o MPF. Em coletiva de imprensa, o procurador da República Leonardo Cardoso de Freitas informou ainda que todas as provas apreendidas nas últimas operações da Lava-Jato no Rio continuam sendo analisadas pelo MPF e pela Polícia Federal.
Sobre a investigação de uma possível participação do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, no esquema de corrupção, os procuradores afirmaram que a informação será encaminhada à Procuradoria Geral da República (PGR), por conta do foro privilegiado de Pezão. Casos surjam novos indícios, as informações serão novamente encaminhadas às instâncias superiores.