A um dia da eleição da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, os líderes partidários reúnem-se na tarde de hoje (1/2) para definir a distribuição dos cargos que cada legenda irá ocupar. Pelo regimento interno da Casa, a distribuição das vagas é feita de forma proporcional às bancadas e aos blocos partidários.
Pela formação dos blocos partidários, encerrada às 12h dessa quarta-feira, o bloco de apoio ao atual presidente da Casa, Rodrigo Maia, formado por 13 partidos (PMDB, PSDB, PP, PR, PSD, PSB, DEM, PRB, PTN, PPS, PHS, PV e PTdoB), que somam 359 deputados, terá direito às seis primeiras escolhas de cargos da Mesa. Com isso, esse bloco ficará com a primeira e segunda vice-presidências, primeira, segunda, terceira e quarta secretarias da Mesa, além de duas suplências.
Já o PT, que tem a segunda maior bancada da Câmara, com 57 deputados, formou bloco com o PDT e o PCdoB, totalizando 90 paralamentares. O bloco terá direito a duas suplências da Mesa, sendo que uma dela será destinada aos petistas. O pedetista André Figueiredo (CE) é o candidato do bloco à presidência da Câmara.
O bloco formado pelo PTB, SD, Pros e PSL, com 41 parlamentares, por sua vez, será o décimo a decidir o cargo que ocupará na Mesa. Nesse bloco, quem escolherá o deputado a ocupar a vaga será o PTB, cujo líder, Jovair Arantes (GO), está na disputa pela presidência.
O PSOL, que lançou de última hora a candidatura da deputada Luiza Erundina (SP) à presidência, não formou bloco com outras legendas. Com isso, juntamente com o PSC, Rede, PEN e PMB, que também não integraram nenhum bloco, o partido não terá direito a cargo na Mesa.
Dois deputados, Júlio Delgado (PSB-MG) e Rogério Rosso (PSD-DF), que estão na disputa pela presidência da Câmara, não contam oficialmente com o apoio de suas legendas que acabaram integrando o bloco de apoio à candidatura de Maia.
A eleição da Mesa diretora está marcada para ocorrer amanhã (2), a partir das 9h. Até o momento, alguns partidos ainda não definiram os nomes que serão indicados para a disputa, mas isto não impede que deputados se lancem como candidatos avulsos para disputar o cargo destinado à legenda.