Principal alvo da Operação Eficiência, o empresário Eike Batista, junto com o vice-presidente de futebol do Flamengo Flávio Godinho, pagou uma propina de US$ 16,5 milhões ao ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. O esquema usou a conta Golden Rock no TAG Bank, no Panamá. O valor foi solicitado por Cabral ao dono do grupo EBX em 2010.
[SAIBAMAIS]Para dar uma aparência de legalidade à operação financeira ilícita, um contrato de fachada foi realizado no ano seguinte, entre a empresa Centennial Asset Mining Fuind Llc, holding de Eike Batista, e a empresa Arcadia Associados. O contrato era uma falsa intermediação na compra e venda de uma mina de ouro. A Arcadia, segundo os procuradores, recebeu a propina em uma conta no Uruguai, em nome de terceiros, mas à disposição de Cabral.
Os três também são apontados pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Polícia Federal (PF) como suspeitos de atos de obstrução da investigação. Em uma operação de busca e apreensão em endereço vinculado a Eike Batista, em 2015, foram apreendidos extratos que comprovavam a transferência dos valores ilícitos da conta Golden Rock para a empresa Arcadia.
De acordo com o MPF, eles orientaram os donos da Arcadia a manterem perante as autoridades a versão de que o contrato de intermediação seria verdadeiro. ;De maneira sofisticada e reiterada, Eike Batista utiliza a simulação de negócios jurídicos para o pagamento e posterior ocultação de valores ilícitos;, afirmam os nove procuradores corresponsáveis pela operação de hoje.