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Em meio à crise dos presídios, presos de 'elite' têm direitos assegurados

Enquanto os investigados da Lava-Jato ficam em celas com camas ou colchões e água quente, os presidiários "comuns" convivem com o improviso e a superlotação



Um dos motivos para a diferenciação é que a legislação brasileira exige celas diferentes para presidiários com curso superior, acusados de crimes sem relação com violência grave ou que não representem ameaça. Os réus por colarinho branco que personificam as grandes operações policiais contra a corrupção costumam se encaixar nesse perfil.

Para o professor de direito penal e processual penal Daniel Gerber, não existe regalia alguma para eles. ;Eles respeitam em parte o que está na Lei de Execução Penal, conseguindo preservar a vida e a dignidade;, afirma ele, advogado de vários investigados na Operação Lava-Jato. Um policial acrescenta que os encarcerados são tratados tanto com ;firmeza; quanto com ;dignidade;, de acordo com a legislação, que exige uma cela limpa, arejada, com luz solar e um mínimo de seis metros quadrados.

Colaborou Marlla Sabino

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