Montes alegou que a bancada havia dado um prazo até dezembro para que Rosso viabilizasse sua candidatura, mas que ele pediu mais alguns dias para angariar apoios. "Esse prazo está vencendo", afirmou.
No PSD, há quem defenda o apoio à recondução do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Não é de hoje que Rosso não conta com a adesão de todo o partido. A avaliação é de que o deputado do Distrito Federal se lançou de forma avulsa e que seu verdadeiro foco é disputar o governo local.
Em conversas reservadas, auxiliares do presidente Michel Temer consideram que Rosso pode desistir do páreo e trabalham para esvaziar as candidaturas dele e do líder do PTB, Jovair Arantes (GO), ambos do Centrão. Embora diga que seguirá na disputa, Rosso tem um acordo de apoio mútuo com Jovair, seja no segundo turno da eleição ou se eventualmente um dos dois desistir.
Montes afirmou que vai assumir a liderança no dia 16 e que sua primeira missão será ouvir os 38 deputados da bancada. Ele contou que vem recebendo ligações de parlamentares questionando a candidatura de Rosso e manifestando desconforto com a dificuldade de adesões à campanha do deputado do DF.
"Se não tiver consenso, vamos reavaliar", disse Montes, que será o sucessor de Rosso no cargo partidário. Ele afirmou que não há consenso nem entre os partidos do Centrão sobre o representante do bloco na disputa. "Tem de avançar com apoio, não adianta ser só o partido (PSD), tem de ter outros partidos também."
Viagens. Rosso esteve nos últimos dias no Ceará e no Rio Grande do Norte. Segundo ele, a decisão de lançar sua candidatura teve o apoio do ministro da Ciência, Tecnologia e Comunicações, Gilberto Kassab. "A campanha começou agora e viabilizar é com o tempo."
Por Agência Estado