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Líderes do PSDB na Câmara reafirmam apoio à candidatura de Maia

Embora Temer diga oficialmente que o governo se mantém neutro na disputa, seus auxiliares com melhor trânsito partidário atuam para esvaziar as candidaturas vinculadas ao Centrão

Em almoço nesta quarta-feira (4/1) com líderes do PSDB na Câmara, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ouviu dos tucanos que a bancada não tem nenhuma intenção de apoiar os candidatos do Centrão que pleiteiam o cargo. Os deputados reiteraram que a parceria entre DEM e PSDB é de longa data e que não há risco de lançamento de candidatura própria.

Maia almoçou com o atual líder do PSDB, Antonio Imbassahy (BA), e seu sucessor, o deputado paulista Ricardo Tripoli, que assumirá o cargo em fevereiro. No encontro de uma hora e meia, Tripoli avisou que fará consultas individuais na bancada sobre o espaço que o partido reivindicará na Mesa Diretora e nas comissões permanentes. "Vamos postular um espaço. Qual eu ainda não sei", disse Tripoli ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.

No almoço, Maia conversou com os deputados sobre a agenda de reformas que o governo enviou ao Congresso Nacional e o calendário de votações. Maia ressaltou que a pauta deste ano é "dificílima", disse que o desempenho da base aliada tem de ser "notável" e "ajustada" com o Palácio do Planalto.
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Esbanjando confiança, o atual presidente da Câmara está convencido de que não há impedimento jurídico para sua recondução ao cargo e sinalizou que, mesmo sem oficializar a candidatura, hoje já teria votos suficientes para ser reeleito.

Tripoli fez um apelo para que Maia formalize o quanto antes sua candidatura e disse ver "com bons olhos" a continuidade de seu trabalho à frente da Casa.

Maia disputará o comando da Câmara - e o posto informal de "vice-presidente da República", já que substitui o presidente Michel Temer durante as viagens internacionais - com os líderes governistas Jovair Arantes (PTB-GO) e Rogério Rosso (PSD-DF). Ex-líder da bancada do PDT e ex-ministro das Comunicações do governo Dilma Rousseff, André Figueiredo (CE) concorrerá como candidato de oposição ao governo Temer.

Embora Temer diga oficialmente que o governo se mantém neutro na disputa, seus auxiliares com melhor trânsito partidário atuam para esvaziar as candidaturas vinculadas ao Centrão. O Planalto não pretende dar aval a Rosso ou Jovair - ex-aliados do peemedebista preso Eduardo Cunha - mesmo se a candidatura de Maia for barrada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O almoço de hoje foi um dos últimos atos de Imbassahy como líder do PSDB na Câmara, uma vez que ele já começou o processo de transferência das funções a Tripoli. Imbassahy deve assumir a Secretaria de Governo em fevereiro, assim que for concluída a eleição na Casa.