O presidente Michel Temer nomeou Nísia Trindade como nova presidente da Fiocruz. Ela foi eleita com mais de 60% dos votos dos servidores da instituição, mas o ministro da Saúde, Ricardo Barros, encaminhou ao Planalto a nomeação de Tânia Araújo, que recebeu menos de 40% dos votos. Pressionado por representantes do setor e por parlamentares de diversos partidos que foram ontem ao Ministério reivindicar a confirmação de Nísia, Barros recuou e Temer acabou fechando um novo acordo.
Leia mais notícias de Política
Foi uma derrota do ministro da Saúde. Durante a audiência com parlamentares, o ministro afirmou que a ideia de encaminhar o nome de Tânia ao invés de Nísia seria uma tentativa de alterar os grupos de poder dentro da instituição, uma vez que a mais votada é ligada ao atual presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, que tem tido um relacionamento conturbado com o governo federal. Embora tenha brincado que Tânia também não tem afinidades políticas com o governo federal. ;As duas são fora Temer;, minimizou Barros.