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Justiça começa a ouvir testemunhas no caso do cartel dos trens em São Paulo

Continuidade do processo ocorre quase três anos depois das primeiras denúncias envolvendo executivos

Quase três anos depois da primeira leva de cinco denúncias contra executivos acusados de envolvimento no cartel do setor metroferroviário durante governos do PSDB em São Paulo, a Justiça deve começar a ouvir as primeiras testemunhas do caso em janeiro de 2017. Das 12 ações penais em tramitação no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo, foram marcadas audiências apenas em três ações. A primeira delas está prevista para 11 de janeiro, quando serão ouvidas testemunhas de acusação e defesa de um ex-executivo da Siemens. Ele é acusado de fraude envolvendo duas licitações internacionais da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) em 2007 e 2008, sob suspeita de cartel, para aquisição de 320 e 64 carros de trens, respectivamente, que juntas somaram R$ 1,4 bilhão. A denúncia é de março de 2014.

Em outra ação, a audiência foi marcada para 24 de janeiro para ouvir as testemunhas de acusação do Ministério Público de São Paulo, que arrolou o ex-presidente do Metrô e futuro secretário de Transportes da gestão João Dória (PSDB) em São Paulo, Sergio Avelleda. Essa ação tem como alvo executivos de duas empresas e apura a suspeita de fraude e cartel na licitação de uma parceria público-privada de 2009 no valor total de R$ 1,8 bilhão, que visava a aquisição de 288 carros novos para a frota da linha 8-Diamante da CPTM, além da responsabilidade da empresa vencedora de realizar por 20 anos a manutenção preventiva, corretiva e revisão geral da frota.
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