O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes disse que não se pode "canonizar" os integrantes da força tarefa da Lava-Jato. Ele voltou a criticar o que classificou de "abusos" e disse que foi crítico quando os procuradores decidiram "assumir o papel de legislador", ao proporem as medidas contra a corrupção.
Perguntado sobre sua posição a respeito da Lava-Jato, disse que é um dos maiores defensores da operação, mas que mantém posição crítica. "Não defendo abusos e não concordo quando os membros da Lava-Jato decidem assumir o papel de legislador, aí claro que eu sou crítico. Examinei essas propostas e critiquei a que acabava com habeas corpus. O cidadão que assinou isso obviamente não sabe que ele próprio está correndo risco se a proposta for aprovada. Acho que a Lava-Jato cumpre papel importantíssimo. Disse isso no Congresso Nacional. Só vamos ter reforma política graças à Lava-Jato, que colocou todo o sistema político e o sistema econômico-financeiro exposto. Essa é uma grande vitória. Daí a canonizá-los, a deificá-los, vai uma distância."
Mendes participou, no Rio, de cerimônia para comemorar os 20 anos da urna eletrônica.
Por Agência Estado