[SAIBAMAIS]Lindbergh destacou a acusação revelada pelo jornal O Estado de S Paulo de que Padilha, então deputado federal, teria pedido a interferência do ex-ministro de Minas e Energia Edison Lobão para suspender projetos no local por meio da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Para o líder da oposição, Padilha pediu ajuda de um ministro para resolver uma questão que envolvia os seus interesses comerciais.
O caso se assemelharia ao do ex-ministro Geddel Vieira Lima, que é acusado de tráfico de influência por ter pressionado o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero a interceder junto ao Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para assegurar interesses pessoais. "Esse governo já teve seis ministros afastados por denúncia de corrupção e pelo jeito Eliseu Padilha deve ser o sétimo", disse Lindbergh.
Na quinta-feira (8/12), o presidente Michel Temer recuou da nomeação do deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA) para a substituição de Geddel. Lindbergh avaliou que a situação deixa o governo "muito fragilizado". "O entorno do Temer vai ser todo abatido. Não sobrará um. Temer hoje é refém do PSDB. O PSDB quer tudo. Até o lugar do (ministro da Fazenda) Henrique Meirelles", criticou Lindbergh.
Como o Estadão revelou, Padilha disputa uma área de 1.929 hectares, o equivalente 12 parques do Ibirapuera, com a empresa Edusa Edificações Urbanas, do empresário João Perdomini. Acusado de ocupar irregularmente a área em Palmares do Sul (RS), o ministro alega ter direito à propriedade por usucapião.
No dia 30 de agosto deste ano, Perdomini, de 76 anos, registrou na sede da Polícia Civil em Palmares do Sul boletim de ocorrência por "lesão corporal leve e ameaça" e informou ter sido agredido por "indivíduos que trabalham para Eliseu Lemos Padilha".
Por Agência Estado