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Em acordo, Odebrecht pagará R$ 6,8 bilhões ao Brasil, aos EUA e à Suíça

Empreiteira pagará R$ 6,8 bilhões ao Brasil, aos EUA e à Suíça, em pacto de colaboração recorde fechado com a Lava-Jato. Delações premiadas de acionistas, executivos e funcionários começaram a ser assinadas com o MP



No maior acordo fechado pela Operação Lava-Jato, o grupo de construção Odebrecht assinou um pacto de colaboração com o Ministério Público que prevê o pagamento de R$ 6,8 bilhões. Autoridades do Brasil, dos Estados Unidos e da Suíça receberão os valores em 23 anos, que deverá aumentar devido à correção monetária. A maior fatia ficará com o Brasil. Os estrangeiros acertaram o pagamento em dólares e francos suíços, respectivamente, o que também vai fazer o valor variar de acordo com a cotação da moeda no futuro. À noite, a empresa pediu ;desculpas; pelos pagamentos de propina que realizou nos últimos anos.

O acordo de leniência da pessoa jurídica foi assinado ontem. Parte dos 77 acionistas, executivos e funcionários já começou a assinar os tratos de colaboração premiada na Procuradoria-Geral da República (PGR), auxiliados por 50 advogados. Outros funcionários da empresa prestarão depoimentos como testemunhas comuns e não como delatores, aqueles que também confessam a prática de crimes. A expectativa é que todos os acordos terminem de ser assinados hoje.

A pena do presidente afastado do grupo, Marcelo Bahia Odebrecht, preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, ficou em 10 anos, mas apenas dois anos e meio em regime fechado. Como ele está detido desde junho de 2015, o empreiteiro ficará encarcerado até dezembro do ano que vem.

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