[SAIBAMAIS]Em depoimento à Polícia Federal, Calero disse que Temer o pressionou para atender a um pedido pessoal do ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo). Ele afirmou que o presidente pediu que o processo fosse encaminhado à Advocacia-Geral da União, porque a ministra Grace Mendonça teria uma "solução" para o caso.
"Temer simplesmente indicou a Calero que, se achasse o caso, consultasse a AGU. Tanto que o próprio ministro entendeu por bem não consultar a AGU. Esse é o papel constitucional da AGU. Nem houve a consulta, o que demonstra que foi uma conversa absolutamente normal", declarou Moraes.
Moraes disse que a PF tomou todas as medidas legais e que agora caberá ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, decidir se "vai insistir" no pedido de abertura do inquérito.
Sobre a possibilidade de Temer ter sido gravado por Calero, Moraes disse que o episódio terá que ser analisado. "O processo está sob sigilo. Os boatos sobre se há ou não gravações serão apurados para verificar em que condições foram feitas (as gravações), se é que foram feitas."
Moraes não quis comentar o pedido de demissão de Geddel. "Não cabe a um ministro de Estado comentar a decisão de outro ministro do presidente da República", respondeu.
Por Agência Estado