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Presidente Michel Temer garante permanência de Geddel no governo

Na manhã desta segunda, a maioria dos conselheiros da Comissão de Ética Pública da Presidência da República votou pela abertura de processo investigatório contra o ministro



Calero acusa Geddel de pressioná-lo de diversas formas para conseguir a liberação de uma licença para um empreendimento imobiliário em Salvador contra um parecer contrário do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). As declarações geraram uma crise no Palácio do Planalto.

Na manhã desta segunda, a maioria dos conselheiros da Comissão de Ética Pública da Presidência da República votou pela abertura de processo investigatório contra Geddel. Cinco dos sete integrantes do colegiado aprovaram a abertura da investigação. O processo só não foi efetivamente aberto porque um dos conselheiros, José Saraiva, pediu vista. A próxima reunião do conselho está marcada para o dia 14. A comissão poderá investigar se Geddel violou a lei sobre conflito de interesses.

"A interferência mesmo que informal de autoridade em interesse privado configura violação ao ponto de conflito de interesse. Não podemos falar sobre o caso concreto", disse o presidente do colegiado, Mauro de Azevedo. Geddel é dono de uma unidade do prédio de de 32 andares em Salvador, que não poderia ser construído por ficar em área tombada, segundo o Iphan. O empreendimento seria construído na Ladeira da Barra, área nobre de Salvador.