O presidente comentou as falas feitas por alguns conselheiros durante o período da manhã desta segunda e disse que não houve repetição de temas, o que "revela desde já que são grandes os problemas do País".
Temer destacou que se a reunião de hoje fosse realizada a dez meses atrás, um dos temas que certamente entraria em discussão era a CPMF e a necessidade de aumento de tributos. Em janeiro, a ex-presidente Dilma Rousseff presidiu a 44; reunião do Conselhão e na época também prometeu implementar uma agenda de ajustes para evitar aumento de impostos. "Nunca mais se falou em aumento de tributação, estamos tentando resolver com as medidas; esperamos que o teto seja aprovado no Senado e logo depois virá a reforma da Previdência", disse Temer.
Ao reforçar que terá três etapas - combate à recessão, crescimento e retomada do emprego - o presidente disse ainda que o governo não "age sozinho" e sim "ancorado no setor privado" e citou que fez viagens internacionais com objetivo de trazer o capital estrangeiro.
Ao citar as reformas necessárias, o presidente lembrou que os Estados estão praticamente quebrados e que, apesar disso, "temos tido uma compreensão da classe trabalhadora, claro que há legitimamente confronto de ideias".
Temer destacou outras reformas necessárias - como a do setor financeiro e a política - e disse que neste último caso, apesar de ser uma prerrogativa do Congresso, o Executivo apoia a sua formulação. "Aprovar essa PEC (do teto dos gastos) para depois darmos os passos seguintes, e queremos contar com apoio ainda que condicional de senhoras e senhores", afirmou.
Geddel
Temer usou o fim do seu discurso para cumprimentar nominalmente todos os ministros do governo que estavam presentes na reunião do Conselhão no Palácio do Planalto.
O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, que está no centro de uma crise após ser acusado pelo agora ex-ministro Marcelo Calero de pressioná-lo pela aprovação de um empreendimento imobiliário em Salvador, não estava entre os presentes.
Ao saudar os ministros, Temer afirmou que todos vieram de forma espontânea e "não vieram apenas para o almoço", referindo-se a recepção que ele oferecerá aos conselheiros agora no Palácio da Alvorada.
Geddel chegou próximo ao meio-dia desta segunda de Salvador e não compareceu no Salão onde estava sendo realizada a reunião - mas seguirá para o almoço.
Por Agência Estado