Além das disparidades em relação ao patrimônio de Cunha, a documentação das contas estrangeiras também levantou suspeitas da Lava-Jato sobre a possibilidade de novas contas do peemedebista no exterior ainda não reveladas. No mesmo documento de abertura da conta Orion, a gerente do Merril Lynch na época afirmou que o ex-deputado possuía outra conta na instituição financeira em Nova York.
"Ademais, há informação da gerente da conta de que o conhece (Eduardo Cunha) há 6 anos, de que é cliente do Merril Lynch por 20 anos, bem como também proprietário das contas Orion, Triunph, Netherton e Kopek (todas estas já identificadas na Lava Jato)", assinalam os procuradores da República.
Para a força-tarefa, as informações reforçam ainda mais as suspeitas sobre a existência de um alentado patrimônio ainda oculto do peemedebista, considerando que, até agora, só teria sido bloqueado o valor de cerca de US$ 3 milhões em uma das contas do deputado cassado no exterior.
"As demais contas suíças foram fechadas pelo ex-deputado federal, sendo que permanece oculto um patrimônio de aproximadamente USD 13 milhões. Também não se tem conhecimento da localização das possíveis contas existentes em nome de Eduardo Cunha nos Estados Unidos, constando dos documentos suíços que a conta no Merril Lynch em Nova Iorque teria sido fechada no ano de 2008", segue a força-tarefa.