Mas, sem recursos e sem funcionários, o órgão da ONU acumula atrasos, o que significa que dezenas de casos não conseguem ser tratados e enviados aos peritos. O de Lula é um deles. A entidade poderia ter dado um espaço prioritário para o brasileiro para que fosse tratado de maneira urgente. Mas isso não foi autorizado e tudo indica que o caso não será tratado antes do fim de 2017.
Yuval Shany, presidente do comitê que avalia as petições individuais, informou aos demais membros que os funcionários da ONU apenas conseguiram preparar 25 casos para que fossem considerados pelos peritos nesta semana. "Lula não está entre eles", disse ao jornal O Estado de S. Paulo.
Antes de um caso ser revisto pelos peritos, cabe aos funcionários da ONU processar a queixa, avaliar se ela pode ser aceita e traduzir documentos. Só então é que os peritos vão julgar o caso. Em uma intervenção, porém, Shany se queixou de que existe um "aumento dos casos atrasados". O chefe do Departamento de Tratados do organismo, Simon Walker, admitiu a falta de funcionários. "Isso é uma constante frustração para todos nós."