O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) celebrou a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que determinou que o escritor Fernando Morais, o publicitário Gabriel Zellmeister e a Editora Planeta paguem a ele uma indenização de R$ 1,5 milhão por danos morais.
[SAIBAMAIS]Os autores divulgaram em livro publicado em 2005 que o senador teria feito comentários discriminatórios contra mulheres nordestinas. "São 11 anos de luta contra essa mentira que teve o objetivo de mutilar a minha imagem e comprometer a minha trajetória política. E hoje isso chega ao fim", disse o senador. Ele relembra que o caso teve ampla cobertura na imprensa e que ele sofreu representação no Conselho de Ética pedindo a cassação de seu mandato na Câmara na época.
Na obra, que conta a história da agência W/Brasil, Moraes relata uma história contada por Zillmeister afirmando que Caiado teria dito, em 1989, que "era médico e tinha a solução para o maior problema do País, ;a superpopulação dos estratos sociais inferiores, os nordestinos;". Ainda segundo a obra, que descreve Caiado como "um cara muito louco", ele teria declarado que "esse problema desapareceria com a adição à água potável de um remédio que esterilizava as mulheres".
Caiado, então deputado federal, propôs ação indenizatória e negou as afirmações feitas pelos réus. "Minha esposa Gracinha é baiana, sempre tive ligações fortes com os nordestinos, tenho duas filhas com esse sangue. É um momento importante porque resgatei a minha honra como pai, médico e político", disse o senador.