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Goldman reitera críticas a João Doria, mas diz torcer pela cidade de SP

Após a confirmação de vitória neste primeiro turno, Doria, fez um discurso pacificador, citando nominalmente Alberto Goldman e dizendo que é preciso unir o PSDB



Nesse processo, Andrea Matarazzo, que foi um dos fundadores do PSDB, deixou a sigla, filiou-se ao PSD e disputou essas eleições como vice na chapa da atual peemedebista Marta Suplicy. A representação assinada por Goldman e Aníbal foi protocolada no Ministério Público no dia 29 de março. Mesmo após a vitória de Doria em primeiro turno, Goldman sustenta as críticas e diz que não volta atrás na decisão que motivou a ação. "Minha assinatura está lá e eu creio que houve mesmo este abuso." Há alguns dias, em uma resposta a comentários dos leitores em seu blog pessoal, o ex-governador de São Paulo fez duras críticas a João Doria, disse que não indicaria voto nele "de forma nenhuma" e falou ainda que ele era "uma desgraça para o partido".

Presidência
Na avaliação do ex-governador, a vitória histórica do candidato do PSDB na Capital foi resultado de três fatores essenciais: o desejo majoritário do eleitorado em varrer o Partido dos Trabalhadores do mapa político, não apenas no maior colégio eleitoral do País, mas no Brasil inteiro; a aliança com um leque majoritário de partidos que lhe garantiu uma base de candidatos a vereador fazendo campanha em todos os cantos da cidade e um tempo maior de que o de seus concorrentes no horário político eleitoral gratuito no rádio e na TV; e o discurso de Doria, que vendeu a proposta do "não político", apostando na onda antipolítica que vem se delineando no País, na esteira dos escândalos deflagrados pela Operação Lava Jato.

Indagado se o apoio de Geraldo Alckmin ao afilhado político credencia o governador para ser o candidato da sigla à Presidência da República em 2018, Goldman disse: "Não vou minimizar o apoio de Alckmin, mas acredito que a vitória (de Doria) é resultado da soma desses fatores".

No seu entender, São Paulo sempre tem um peso central na escolha do candidato ao Palácio do Planalto e apesar de Alckmin "ser um nome sempre expressivo neste cenário", lembrou que o partido tem outros grandes nomes, como o do ministro das Relações Exteriores, José Serra, e do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG). E frisou que é preciso aprender a conviver com as diferenças internas partidárias. "Sempre fui um crítico dentro do partido", finalizou.