O atual prefeito da cidade, Fernando Haddad (PT), foi o segundo colocado no pleito, com apenas 967.056 votos, o equivalente a 16,7% da preferência dos eleitores. Antes mesmo do fim da apuração das urnas, Haddad ligou para cumprimentar Doria pela vitória. Foi a pior votação de um candidato do PT em São Paulo. A derrota explicita a situação dramática do partido, com líderes acossados pela Operação Lava-Jato e destituído do governo federal com o impeachment de Dilma Rousseff. Haddad chegou ao cargo máximo da administração municipal paulistana em 2012, sob as bençãos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Naquela época, após eleger Dilma Rousseff para o primeiro mandato de presidente da República, Lula gozava de prestígio com os brasileiros e repetiu a fórmula de sucesso em São Paulo.
Duplamente réu na Lava-Jato, que apura escândalos de corrupção na Petrobras, Lula perdeu parte do seu capital eleitoral e viu a reeleição de Haddad naufragar. A vitória de Doria também enfraqueceu os planos do PMDB de se fortalecer nas eleições municipais para lançar um candidato à Presidência. Marta Suplicy não decolou durante a campanha, mesmo tendo comandado a prefeitura paulistana em outras oportunidades. A afirmação de que nunca foi de esquerda levou a ira a diversos eleitores e afetou a sua imagem.
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