Já o PMDB, do presidente Michel Temer, que apostou em candidatos nas duas principais cidades do país, a capital paulista e o Rio de Janeiro, foi eliminado em ambas. O pleito também foi marcado pelo desinteresse dos eleitores. Em São Paulo, por exemplo, a cada 10 aptos a votar, quatro se isentaram. O índice de votos chegou a 5,29%, os brancos e 11,35%, nulos, além de 21,84% de abstenção, o que soma 3.096.304 de nulos, brancos e abstenções, contra os 3.085.187 obtidos por Doria.
[SAIBAMAIS]Das 26 capitais, oito tiveram as eleições decididas no primeiro turno: além de São Paulo, Salvador, Natal, Teresina, João Pessoa, Rio Branco, Boa Vista e Palmas. O PT, que antes comandava São Paulo, Goiânia e Rio Branco. O partido só levou a capital de Roraima com a reeleição de Marcos Alexandre e só disputará o segundo turno em uma capital: Recife, que tem João Paulo contra o prefeito Geraldo Julio (PSB). Nas cidades, de forma geral, o PT saiu de 630 prefeituras para 231, 399 prefeituras, uma queda de 63,3% no primeiro turno.
O PSDB aumentou a presença de 686 prefeituras para 767, crescimento de 81 cadeiras. Os próprios tucanos ficaram surpresos com a vitória de Doria em primeiro turno, embora ele já tivesse registrado crescimento para 44% das intenções de voto no dia anterior. ;Nem o mais otimista do partido imaginaria isso;, disse um interlocutor da legenda.
A vitória de Doria favorece um tucano principalmente, além do prefeito eleito: o governador paulista Geraldo Alckmin, que encampou a campanha do apadrinhado. Segundo interlocutores do partido, o êxito do empresário coloca Alckmin em outro patamar em relação à briga interna na legenda para concorrer ao Palácio do Planalto em 2018. Alckmin disputa com o ministro das Relações Exteriores, José Serra, e com o senador e candidato derrotado nas eleições de 2014, Aécio Neves, uma vaga na disputa. Em seu primeiro discurso de vitória, Doria endossou a candidatura de Alckmin à presidência em 2018 e disse que é legítima a vontade do tucano de entrar na disputa. ;Se for presidente, terá apoio da população brasileira;, disse Doria, seguido pela militância que gritava ;Brasil pra frente, Geraldo presidente;.
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