O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou na manhã deste domingo, 2, que a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Teto dos Gastos ficou para depois do primeiro turno das eleições municipais por questões "meramente formais". O deputado afirmou que haverá votação da proposta em comissão nesta semana e no Plenário na próxima.
"A PEC do teto ficou para depois por questões meramente formais (...) A sociedade está esperando essa decisão, que é determinante.", afirmou antes de votar ao lado da filha e sobrinha, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.
O presidente da Câmara afirmou ainda que as eleições terão impacto positivo. "A base do governo será amplamente vitoriosa. Esse resultado vai sinalizar isso. E haverá um derrotado nesse processo que é o PT", afirmou, acrescentando que votaria em Pedro Paulo (PMDB) para prefeito do Rio e no seu pai, Cesar Maia (DEM), para vereador.
Maia defendeu que a proposta da PEC organiza as contas públicas e dá condições para que a taxa de juros e a inflação caiam. "(Permite que) a gente já possa ver no ano que vem um crescimento econômico, que ainda será pequeno, mas que projete para 2018 um crescimento na ordem de 3,5% a 4%", disse.
Maia disse ainda que será definido um teto global. "Dentro dele vai caber ao governo encaminhar a peça orçamentária e o Congresso aprovar, dentro de um gasto global. O que a gente tem que entender é que não tem dinheiro para tudo", disse.
O deputado criticou o governo anterior. "Está na hora dos governos darem prioridades aos seus investimentos, não prometerem tudo ao cidadão e depois não entregar nada". Segundo ele, a gestão anterior "ampliou vários projetos, pegou o Fies de um ano para outro e multiplicou por sete". O resultado, afirmou, é "um buraco de quase R$ 200 bilhões para fechar".
"O governo fez isso e a inflação subiu e o desemprego chegou a 12 milhões de brasileiros", acrescentou.