Janot tem até setembro de 2017, quando encerra seu segundo mandato, para conseguir dar vida ao plano. A PGR pretende contar com apoio do Executivo para usar servidores e inteligência de órgãos de controle como Receita Federal, Banco Central e Cade. Os próximos passos são oficializar o debate interno - que já existe nos bastidores - e intensificar o diálogo com o Executivo, iniciado na gestão Dilma e que continua no governo Michel Temer.
Pedido para fatiar ;inquérito-mãe; cita ;práticas espúrias;
Ao pedir ao Supremo Tribunal Federal o fatiamento do maior inquérito da Lava Jato, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse que políticos do PT, PMDB e PP usaram os partidos para "perpetração de práticas espúrias". "Alguns membros de determinadas agremiações se organizaram internamente, utilizando-se de seus partidos e em uma estrutura hierarquizada, para perpetração de práticas espúrias", escreveu Janot.
O procurador-geral da República pediu na quarta-feira, 29, que o "inquérito-mãe" da Lava-Jato, que apura a formação de organização criminosa por políticos e empresários para viabilizar o esquema de corrupção na Petrobrás, seja dividido em quatro partes. Oficialmente, 39 pessoas são alvo do inquérito, mas, há cerca de cinco meses, Janot pediu a inclusão de quase 30 novos nomes na apuração, dentre eles o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O "inquérito-mãe" foi aberto em março de 2015.
Janot pediu para manter na investigação já em trâmite nomes ligados ao PP e abrir outras três frentes de investigação: uma relacionada ao PT, uma ao PMDB na Câmara e uma quarta relativa ao PMDB no Senado. O pedido de divisão da investigação e inclusão dos nomes solicitados em maio será analisado pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava-Jato no STF.