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Partidos se tornam as principais fontes de recursos em capitais

O jornal O Estado de S. Paulo analisou a arrecadação de todos os candidatos com dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que disputam em São Paulo, Rio, Salvador e Belo Horizonte



[SAIBAMAIS]Recursos próprios somam 12% das doações nas quatro capitais. Apesar de 14 candidatos terem contribuído para as próprias campanhas, os valores costumam ser pequenos. Dois concorrentes são responsáveis por quase todo o valor arrecadado com recursos particulares. Dos R$ 5,5 milhões nessa modalidade, R$ 2,4 milhões foram aplicados pelo tucano João Doria (PSDB), candidato a prefeito de São Paulo, enquanto R$ 2,1 milhões pertencem a Rodrigo Pacheco (PMDB), que concorre em Belo Horizonte.

Revisão
Políticos estão determinados a rever as formas de financiar campanhas. Com doações de empresas vetadas, os custos sobrecarregam o Fundo Partidário, segundo eles. "No momento em que praticamente a totalidade do Fundo Partidário passa a ser destinada às campanhas, as demais atividades ficam comprometidas", disse o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG).

O tucano destacou que o fundo tem outras finalidades - a manutenção das atividades partidárias, a formação de quadros e o apoio a estudos - e ressaltou que é preciso "equilibrar a equação" entre doação de pessoas físicas e o uso da verba pública.

O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), disse acreditar que as pessoas não estão dispostas a doar para campanhas eleitorais e que o financiamento apenas com o Fundo Partidário não é suficiente. "Na prática, encerramos as doações privadas (empresariais) e não criamos a pública. Essa vai ser uma eleição de muito caixa 2." Para o senador, a questão deve ser rediscutida no Congresso tão logo se encerrem as eleições.

O senador José Agripino (RN), presidente do DEM, elogiou o fato de as campanhas terem se tornado mais baratas, mas, segundo ele, as eleições vão trazer o assunto da arrecadação novamente ao debate.