Saneamento
Em outro e-mail do dia 10 de maio de 2004, Odebrecht "encaminha para sua secretária notas direcionadas a Emílio Alves Odebrecht (EAO) e Pedro Novis (PN) para temas que deveriam ser tratados por eles com "Italiano", envolvendo obras, liberação de recursos do OGU (Orçamento Geral da União) e programas de saneamento relacionados provavelmente relativos a liberação de recursos via Caixa Econômica Federal". "Além disso, Pedro Novis deveria tratar com ;Italiano; sobre o tema de exportação de serviços. Cita ainda nota entregue ao guerrilheiro, quando de visita recente do comando do PT a China"
Há ainda mensagens que indicam a origem da identificação de que "Italiano" era Palocci e das discussão para atuação do ex-ministro em favor da Odebrecht em negócios na África. A Omertá sustenta que o petista teria atuado em favor do grupo na liberação de financiamentos do BNDES para Angola, onde eles executariam obras. Palocci ainda é acusado de defender interesses em contratos de construção de navios-sondas para exploração de petróleo em alto mar, para edição de uma medida provisório em benefício do grupo econômico e no bilionário projeto de construção de submarinos para as Forças Armadas.
PMDB
Os negócios da Petrobras em Angola são alvos da Lava Jato por terem supostamente beneficiado PT e PMDB. Nos e-mails reunidos pela Omertà, há indicativos de que desde 2005 Palocci teria mantido contatos com executivos da Odebrecht para beneficiar o grupo em obras na África.
"Tal mensagem é de importância por demonstrar: o início das relações entre o Governo Brasileiro e o Governo de Angola, no que atine a exportação de serviços; o começo do processo de identificação de ;italiano;; e o nascimento das relações de Marcelo Bahia Odebrecht com tal indivíduo, as quais, pelo que se viu, ainda não eram consolidadas", aponta a investigação.