A véspera havia sido mais um dia atribulado na rotina do homem que é, hoje, um dos mais próximos conselheiros de Temer. Metódico e conhecido por fazer planilhas com resultados precisos sobre votações no Congresso, o chefe da Casa Civil foi decisivo na articulação que resultou no impeachment da presidente Dilma Rousseff e virou uma espécie de fiador político das promessas de reformas.
Aos 70 anos, Padilha trata de temas tão diversos que sua atuação desperta ciúmes no Palácio do Planalto, chamado nos bastidores de ;serpentário;, por causa das costumeiras disputas por espaço. Estão sob sua alçada assuntos que vão dos problemas de comunicação do governo à reforma da Previdência; da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) sobre limite de gastos públicos à reativação do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, além da lei das agências reguladoras e do novo estatuto dos fundos de pensão.
Com a missão de fazer o governo mostrar resultados rápidos, para dissipar o ;Fora, Temer;, Padilha tem audiências de meia em meia hora em seu gabinete no quarto andar do Planalto e recebe mais de cem ligações por dia. A única pausa que faz, por volta de 18h30, é para conversar com a filha caçula, Elena, de um ano e nove meses, pelo FaceTime de seu tablet. Não é raro ele disparar mensagens a deputados pelo WhatsApp às 2h da madrugada.
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